No início deste mês, foram divulgados os resultados do Concurso da Escrita Criativa, dinamizado pelo projeto Baú de Leitura. O júri a nível regional deliberou e conseguimos um excelente 5.º lugar com o poema da aluna Mafalda Joana Correia Abreu da turma G, do 5.ºano - categoria 2.º ciclo.
Na categoria 3.º ciclo, também obtivemos um excelente 5.º lugar com o poema da aluna Ana Catarina Sousa, da turma D, do 9.ºano.
Todos os alunos participantes estão de parabéns, assim como os seus professores.
Convém referir, que a quantidade e a qualidade dos trabalhos enviados, fizeram com que o júri do concurso tivesse uma tarefa árdua para conseguir apurar os vencedores.
Continuação de bom trabalho!
Escrita Criativa – 2.º ciclo |
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1.º lugar |
Ema Teixeira |
EBS D.ª Lucinda Andrade |
2.º lugar |
Beatriz Costa |
EB23 Dr. Eduardo Brazão de Castro |
3.º lugar |
Guilherme Brás Aveiro Coelho |
Salesianos Funchal - Colégio |
Bem classificado |
Mateus Belo de Jesus |
Salesianos Funchal - Colégio |
Bem classificado |
Mafalda Joana Correia Abreu |
Santo António e Curral das Freiras |
Escrita Criativa – 3.º ciclo |
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1.º lugar |
Ana Isabel Câmara Jesus |
EBS Gonçalves Zarco |
2.º lugar |
Romeu Silva Ferraz |
EB23 Torre |
3.º lugar |
Nélio Afonso Gomes Gonçalves |
Salesianos Funchal - Colégio |
Bem classificado |
Paulo Timóteo Teixeira Neves |
EBS Gonçalves Zarco |
Bem classificado |
Ana Catarina Sousa |
EB23 Santo António e Curral das Freiras |
No ano de 2020
No ano de 2020, tanta coisa aconteceu…
Tudo começou com um brinde, enquanto o céu rebentava com todas as cores possíveis…
Fizeram-se promessas, pediram-se desejos! Acreditou-se que ia ser diferente… seria um ano único para encontrar o amor, para terminar o 3ºciclo, para entrar na faculdade, para arranjar um trabalho melhor. 2020… que escolha tão perfeita de números…
Rapidamente se dissipou o caos. A chegada de uma pandemia destruiu todos os novos sonhos e ambições. Encontramo-nos sozinhos a pensar naquilo que ficou para trás… nas pessoas que se perderam… e o mais curioso é que é necessária uma tragédia para nos começarmos a interessar…
Olhei para este ano, 2020, e, depois de uma certa reflexão, considero-o idêntico a um grande amor quando termina… é arrebatador! Deixa-nos a questionar como é que podemos amar outra pessoa… Não veem as semelhanças? Perdemos as esperanças, porque acabou por nos provocar desespero, ansiedade, tristeza!
Tenho grande ódio a este ano. Faz-me sentir pequena, impotente, porque a única ajuda que posso dar é manter-me em casa, isolar-me. Este ano roubou-me a minha felicidade, a alegria, a oportunidade de ir chatear os meus professores, colegas… No entanto, acredito que, tal como as grandes mágoas e desilusões, vai melhorar.
Estou a escrever este microtexto com uma única coisa em mente. Acredito que a imaginação pode mudar o mundo. É verdade, não podemos sair de casa, não podemos ver lojas, não podemos tomar um longo gole de café, daqueles mesmo demorados… porquê? Porque temos a opressão facial à nossa espera. Ela está lá para nosso bem, mas muita gente não vê isso. Por isso, quero deixar-vos a mensagem: não somos pequenos, somos fortes! Se não podemos sair, esperamos… entretanto, lemos um livro, pintamos um quadro, aprendemos a fazer cupcakes todos bonitinhos…
Assim, para todos os amigos que ainda não conheci, para os esperançosos amantes, para os escritores e atores que perderam a sua voz…Protejam-se! Imaginem as flores que crescem durante o inverno e sigam o exemplo delas, que passam por tantas adversidades e continuam lindas. Não desistam já… encontrem as vossas razões para continuarem a viver, porque, um dia, quando a pandemia acabar, vão poder continuar a escrever sobre coisas belas, vão encontrar o amor e arranjar o tal trabalho que tanto queriam… E eu estarei feliz a caminho do secundário!
Ana Catarina Sousa, 9ºD
No ano de 2020
No ano de 2020
que dizer? Que contar?
Foi um ano difícil
em que tivemos de mudar.
Mudar as nossas rotinas
a nossa forma de pensar,
lutando contra um vírus
que veio nos atrapalhar.
E veio o isolamento,
as escolas tiveram de fechar.
Um ano diferente, é certo
mas que conseguimos ultrapassar.
Muitas vidas se perderam
mudaram-se as prioridades.
Demos mais valor à família
E, agora, resta-nos a esperança
De superarmos as nossas dificuldades.
Mafalda Joana Correia Abreu, 5ºG